A Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) é uma enzima produzida por bactérias Gram-negativas (enterobactérias), e sua detecção em isolado bacteriano confere resistência aos antimicrobianos carbapenêmicos, além de inativar penicilinas, cefalosporinas e monobactâmicos. É importante salientar que os carbapenens compreendem uma classe amplamente utilizada no tratamento de infecções envolvendo Enterobacteriaceae multirresistente.
Atualmente, KPC constitui importante mecanismo de resistência no contexto hospitalar mundial. Sua pesquisa é relevante a fim de limitar sua disseminação, contribuindo para a redução dos índices de morbidade e mortalidade ligados a diferentes doenças infecciosas, em que é imprescindível a vigilância microbiológica, juntamente com ação da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH).
A importância do biomédico na detecção da enzima KPC (Klebsiella pneumoniae Carbapenemase) é muito importante pelo teste e sua interpretação serem considerados difícieis.
O padrão utilizado para a confirmação se faz necessário o ensaio de espectrofotometria (que detecta a hidrólise dos carbapenêmicos) seguido por Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) para a pesquisa do gene blaKPC, o teste de Hodge modificado que é um teste fenotípico para determinar a suscetibilidade aos carbapenêmicos e é mediado por Carbapenemase. Além desses testes existem o antibiograma com discos de cefalosporinas subclasse III (cefotaxima, ceftazidima, cefoperazona, ceftizoxima, ceftriaxona) e imipenem (IPM), meropenem (MEM) e ertapenem (ETP) que são de grande relevância para triagem fenotípica. Também são utilizados a focalização isoelétrica, a discodifusão, o E-test e o ácido borônico também tem sido utilizado.
Teste de Hodge modificado em placa de ágar Mueller-Hinton. O isolado A é um produtor de KPC positivo pelo teste de Hodge modificado. Os isolados B, C, D e E não produzem Carbapenemase, sendo negativos pelo teste.
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